terça-feira, 23 de junho de 2009

Visita ao Norte I













































































Estas são algumas das muitas imagens que eu captei na minha maravilhosa viagem ao Norte. Começei pela Igreja do Siza Vieira em S. Marco de Canaveses. Uma igreja contemporânea lindissima de linhas e minimalista, mas infelizmente feita com materiais muito pobres e em situação de manutenção de muito baixo nível. Não conseguimos visitá-la por dentro porque apesar de estar tudo combinado, nós chegámos faltava seis minutos para o meio-dia e o sacristão motorizado, não nos deixou ver a igreja porque chegámos atrasados. Que falta de respeito pelas pessoas e pelo património. Ele esperou que as pessoas saíssem e foi-se logo embora para o carrinho. Vou escrever uma carta ao bispo do Porto e enviar esta situação para a Conceição Lino da SIC. A seguir visitámos Baião, mais própriamente Ancede com as suas lindas igrejas e depois no dia seguinte Amarante do S. Gonçalo, o santinho da fertilidade, por isso existem por todas as confeitarias e padarias da cidade o pãozinho que não é nem mais nem menos do que uma «réplica» do que se julga que o santinho possuia.
Em Amarante visitei o Museu do nosso Amadeo que sinceramente me desiludiu um pouco, se aquilo é uma Fundação devia ter um espólio muito maior e pertencente à Fundação, é quese tudo colecção particular, que estranho, mas o Amadeo é sempre o Amadeo, grande pintor morto tão jovem. Em seguida lavei os olhos no Tâmega, que maravilhosa paisagem e fui ver Tormes, a casa do Eça e da mulher e descobri que o Eça era o Jacinto da «Cidade e as Serras» por uma pena, até lá existe uma mesa das favas, onde ele comeu o dito «arroz de favas».
No dia seguinte vi igrejas e mais igrejas com os seus teatrinhos, a campa do Teixeira de Pascoais, o novo museu de Arqueologia e Etnografia de Vila Real de Trás-os-Montes, muito bonito e com uma boa exposição que ajuda a compreender a cidade e uma exposição acompanhada de um filme sobre a cadeia operatória do barro de Bisalhães, o célebre barro negro do norte. Claro que à saida comprei umas peças nas barraquinhas dos oleiros.
Segunda em Fafe e já com tarefas a cumprir, deitei o olhar ao teatro que os brasileiros «torna-viagem»mandaram construir e ofereceram a Fafe. Esta terra concentra o maior número de casas de brasileiro e foi o maior centro de emigração para o Brasil no início do século XIX.
Que quatro dias maravilhosos. O Norte é uma «naçãooooim» e neste caso Fafe duplamente porque são todos benfiquistas em vez do FCP. Carago, quem diria???













2 comentários:

Anónimo disse...

Querida Anad
Gostei muito de ler a descrição-1 da tua ronda nortenha.
Aquela do sacana do sacristão deu-me na alma. Devia estar no desemprego. Tal comportamento é típico de quem se sente protegido, sentado à sombra do imobilismo arcaico e seboso da nossa padraria. Ele sabe, sim ele SABE que está de pedra e cal. De outra forma teria brio no que faz, em fazê-lo bem e em exibir o património da sua terra com orgulho. Vejo por aí tanta gente como ele. Depois queixamo-nos dos políticos mas somos nós, NÓS que falhamos.
Lavra o protesto, sim. Embora eu duvide do resultado.
Quanto ao pãozinho fálico qual santinho qual carapuça... Às tantas foi por "isso" que mereceu a santificação. Elas devem ter dado muitas graças...
Ainda bem que voltaste. Já estava farta de vir aqui e de dar com o nariz na porta.
Só há aqui 2 sítios onde vou religiosamente. Este é um deles.
Parabéns pelo post.
Beijo joanino mas sem cheiro a alho (porra!).
Dri

Meca disse...

Olá Dr.ª Ana,espero que esteja bem e que continue os seus passeios pelo país que é lindo.

Beijinho
Goreti Meca

http://escrevercompalavras.blogspot.com